Hoje, antes da abertura da Conferência Municipal do Meio-ambiente, conversei sobre frutificação pública com um grupo (trabalhador, jornalista, professora, velho aposentado, ambientalista militante).
Comecei questionando uma árvore que, na calçada, interferia com a fiação e em menos de dois minutos concluiram que o ideal era, sob a fiação, plantar árvores de menor porte.
A conclusão não foi induzida porque utilizei o "brainstorming" do criativo Von Fange.
Dai para chegar nas frutíferas de pequeno porte o caminho foi curto e quem sugeriu que seria preciso educar as pessoas para usufruirem foi i trabalhador ( o "Niquelândia", feirante faz tudo), mas o professor não soube me dizer como fazer esta educação na escola.
Interessantíssima essa combinação de corpo de conhecimentos (C) e constante de deformação da percepção (k) revelada pelo "status" na sociedade.
As dificuldades na implantação da FRUTIFICAÇÃO PÚBLICA poderão estar polarizadas pelo "status" social: fazer o rico comer frutas do espaço público e fazer o pobre não depredar para estocar (ou vender) poderão ter igual peso, e devemos ter estratégia para tal enfrentamento, e a estratégia poderá consistir em iniciar a implementação pela periferia menos "urbanizada" onde as escolas públicas convivem com hortas para suplemento da merenda escolar, e ai entra a tal da "transversalidade" aplicada às frutíferas crescendo.
Um outro professor participante da conferência, provocado por mim, respondeu que não faziam educação ambiental nas escolas porque não ganhavam para isto mas no dia em que ganhassem fariam, mas não me respondeu à qual disciplina, comparativamente, ele queria resultados iguais da educação ambiental. Conheço o professor e sei que ele conhece bem o aproveitamento escolar. Foi coerente. Não arriscou na resposta.
A um ativista de educação ambiental que me disse ser um projeto de longo prazo eu perguntei se os recursos naturais aguentariam o curso desse longo prazo. Não tinha informações para responder.
Mas foi um encontro produtivo porque pude avaliar a força latente da juventude ali reunida, que juntou seus clamores ambientais aos clamores sociais de governos competentes e informações confiáveis.
Gestão de sistemas sociais não se faz apenas com o suprimento das demandas de energias motoras pois a fertilidade das idéias e práticas que envolvem a felicidade como elemento da qualidade de vida dependem de valores humanos para o convívio.
Saudações sócio-ambientais
Serrano Neves
serrano@serrano.neves.nom.br
FORMAÇÃO DO COMITÊ DA BACIA DO ALTO TOCANTINS.
INSTITUTO SERRANO NEVES
Amigo do Lago da Serra da Mesa
http://www.serrano.neves.nom.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário