Opinião
Por Terezinha Hueb de Menezes
Amar as árvores
Todos partilhamos da preocupação atual com a degradação do meio
ambiente. O Prof. Hugo Prata tem razão: é preciso preservar as árvores.
Cito dois casos que emocionam:
1º - É um médico, Dr. Calixto Felipe Hueb. Ginecologista e obstetra. Por
sinal, meu irmão. Mora na pouco conhecida cidade de Macatuba, perto de
Bauru. O hospital que ele dirige é de eficiência invejável.
Fico sabendo, por ele próprio, de uma prática pioneira, na época - hoje
difundida em outras cidades -, iniciada há mais de seis anos: cada
criança que nasce, seja paciente particular, de algum convênio e mesmo
do SUS, ganha, de presente, uma muda de árvore. Se os pais possuem
quintal, a muda geralmente é de árvore frutífera. Se não, vai uma árvore
ornamental, para ser plantada na calçada.
Assim que foi implantado o projeto, a imprensa escrita e mesmo programas
de televisão valorizaram intensamente a iniciativa, com reportagens e
entrevistas: algo diferente e muito válido estava sendo implementado, em
favor do meio ambiente.
Nesses seis anos, foram mais de quatro mil mudas, muitas já adultas,
decorrido esse tempo. Eu soube do caso de uma criança, já crescida, que
abraça a goiabeira recebida, repetindo ter sido presente do Dr. Calixto,
chegando a negar partilhar os frutos, naquele egoísmo próprio das
crianças.
Os pais, com certeza, se emocionam, vendo crescer a criança juntamente
com a planta. Trata-se, pois, de um projeto que vale a pena ser imitado.
Isso é amar as árvores.
2º caso: Também médico. E, ainda, por sinal, meu irmão, Dr. Antônio
Fernando Hueb: quando foi construir sua casa, na Av. Capitão Manoel
Prata, surgiu um problema: a mangueira, de mais de cinqüenta anos, que
viu a família crescer, que embalou esperanças e realizações, estava
atacada de cupim. Houve conselhos para que ela fosse derrubada. Meu
irmão resistiu: a árvore carregava uma história, dele inclusive que
havia nascido ali naquele lugar. Tratou-a, então, com carinho e ela
retribuiu, curada de seus males. A casa foi construída, o enorme tronco
enfeitando a varanda, os enormes galhos frondosos, debruçando-se,
agradecidos, por sobre os telhados e ladeando as janelas. E continua,
ainda agradecida, a gerar deliciosos frutos. Quem passar pela Av.
Capitão Manoel Prata, bem no seu início, poderá ver a viçosa mangueira,
entremeada à casa, como se fosse parte vital de sua construção. Isso
também é amar as árvores e preservar sua história.
Com certeza, devem existir muitos exemplos de pessoas que cultivam a
prática do amor às árvores, e que devem ser contados, principalmente
para as crianças e os jovens, como lição positiva em favor do meio
ambiente. É nossa obrigação.
Uma saudade: a gameleira centenária que, frondosamente, enfeitava a
praça, onde hoje se situa a Concha Acústica, de repente foi cortada. Seu
tronco, algum tempo depois, queimado. Os mais velhos nos lembramos dela.
Que pena! Poderia estar ali até hoje, contando-nos, no marulhar de suas
folhas, um pouco da nossa história.
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Saudações Frutíferas,
Elson Silva, PhD
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